Comentário - Rua de Mão Dupla

   Boa tarde à você que está lendo isso, espero que tenha tido/esteja tendo um ótimo Domingo, esse post é dedicado aos meus comentários acerca do filme Rua de Mão Dupla, passado em aula:


    Primeiramente, é importante ressaltar a proposta do filme, que era, uma experiência sensorial de 24 horas entre indivíduos que decidiram trocar de moradas entre sí. A experiência revela um pouco mais sobre o significado desse ambiente no nosso dia a dia e principalmente como ele reflete quem nós somos. Não é por acaso que boa parte das pessoas que realizaram o experimento se sentiram deslocadas, de fato parece existir um vazio nesse ambiente que não nos deixa se sentir à vontade, esse vazio seria o reflexo das nossas identidades e de quem nós somos por meio de objetos, decorações, móveis, etc que ganham valores simbólicos fora de sua perspectiva material, esses valores podem ser gostos pessoais, religiosos ou relacionados à vida profissional. 

     Análogo a isso, uma das partes do documentário ganha significado além do que já foi dito, o terceiro caso, em que temos um vislumbre do que seria um ambiente sem identidade, distorcido e "contraditório, como diz uma das personagens, e como o indivíduo dono desse espaço reflete sobre o significado desse ambiente por intermédio da experiência de exploração de um espaço considerado alheio. 

      Ademais, esse reconhecimento do significado simbólico de objetos, e inclusive elementos vivos, como o cachorro do último quadro, lembram um pouco o terror utilizado por Stephen King, para ele é como se o terror não se limitasse apenas a monstros irreais, pelo contrário ele desvenda os limites desse medo por meio do choque cultural dado pela negação dos simbolismos antes empregados em alguns desses objetos, como o uso do carro, símbolo do estilo de vida americano e refúgio do homem moderno, assombrado por um espírito, que pode muito bem ser encarado como objeto responsável pela negação dessas perspectivas culturais enraizadas na mente americana. É de se esperar que essa utilização também se desvela na casa, ambiente em que, na teoria, se reúnem esses objetos cheios de valores simbólicos.

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